domingo, 8 de fevereiro de 2009

Poesia de Fernando Pessoa

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Sonho. Não sei quem sou.
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Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
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Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
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Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.
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Não digas nada!
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Não digas nada!. Nem mesmo a verdade.
Há tanta suavidade em nada se dizer.
E tudo se entender -
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer
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Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
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Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 13 de junho de 1888 em Lisboa. Em 1935, no dia 30 de novembro, no Hospital São Luís, em Lisboa, morre Fernando Pessoa. Utilizou vários heterônimos para difundir sua poesia: Alberto Caeiro, Alvaro de Campos, Bernardo Soares e Ricardo Reis. Disse Fernando Pessoa sobre estes personagens: Não há que buscar em quaisquer deles idéias ou sentimentos meus, pois muitos deles exprimem idéias que não aceito, sentimentos que nunca tive. Há simplesmente que os ler como estão, que é, aliás, como se deve ler”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que nosso afeto seja tão verdadeiro
como a nossa amizade...
Que sua semana seja de infinita paz e iluminada por DEus ,beijos ternos e carinhosos ,Evanir.