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Tuas mãos
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Creusa Chaves (*)
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São duas conchas róseas de ternura,
Onde as minhas repousam docemente,
São dois poemas de esplêndida candura
Que guardo para mim avaramente!
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Dois lírios, dois presentes da Natura,
Dois ninhos de carícia irresistente,
Ao vê-las sinto no meu ser ventura,
E um mundo, ao afagá-las, diferente...
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Tuas mãos – duas trêfegas crianças
que brincam de beijar a mamãezinha,
E de puxar joviais as suas tranças...
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Tuas mãos – lago azul dos meus amores,
Que à tona, qual uma ávida andorinha
Vou beber água e vou cantar louvores.
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(*) Creusa Chaves, alagoana de Maceió, faleceu em Recife-PE. Era casada com o poeta Geraldino Brasil, também falecido.
Há 2 anos
Um comentário:
My grandmother wrote these beautiful words. I miss her very much.
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