Se outra vida houver
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Georgette Mendonça
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Se outra vida houver
não quero ser água poluída.
Nem mar afogando rio.
Também não quero ser
fogo destruidor
- sarça ardente
incinerando estio.
Não quero ser
fruto nem semente.
Sequer
desejo ser flor.
Nem rosa. Nem margarida.
Se houver
outra vida
quero ser
a estrela menor
de uma galáxia qualquer.
Mesmo entre cosmos perdida.
Mesmo extraviada entre planetas.
Seja lá onde for!
Contanto possa escutar poetas
falando de amor.
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Georgette Silva de Oliveira Mendonça nasceu em Atalaia (AL), foi procuradora do antigo IAPAS, escreveu vários livros, dentre eles “Eu quero duas almas” (1948), premiado pela Academia Alagoas de Letras; “Retalhos” (1978); “Eunice Lavenère e seu cantar” (1978), biografia, premiada pela Academia Alagoana de Letras. Viajou muito e registrou suas impressões de viagem em vários livros.
3 comentários:
Lindo,terno,maravilhoso.
Parabéns para quem com tanta sensibilidade assim escreve.
Um abraço.
Dília Maria.
Desejo que esta esritora esteja ainda entre nós. (Não a conheço.)
DE qualquer modo,os grandes vultos são eternos.
Essa escritora não está mas entre nós
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