sábado, 28 de março de 2009

Lamentos da Terceira Idade

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Tenho muitos lamentos nesta vida
das mazelas que aturo todo dia,
enxaqueca, mouquice, nevralgia,
reumatismo, cabeça enfraquecida,
dor nas costas, a perna adormecida,
falta de ar, fraqueza do pulmão,
só se salva o meu pobre coração
mesmo assim, afogado na saudade,
Se eu pudesse comprava a mocidade
nem que fosse pagando a prestação.
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Depois de revelar minhas mazelas
de contar meus segredos de saúde

acredite, eu choro a juventude,
uma fase de vida das mais belas,
que vivi na esbórnia, sem cautelas,
com bebida, cigarro e diversão,
sem saber que vivia um turbilhão
de emoções, alegria e falsidade,
Se eu pudesse comprava a mocidade
nem que fosse pagando a prestação.
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Zealberto Costa (Maceió - Alagoas).

.Clique no link abaixo e veja esses versos declamados por Paulo Poeta, apresentador do programa "Alagoas Arte e Cultura"

http://www.youtube.com/watch?v=9gE6D-3Bdu4

Versos em decassílabos sobre um mote enviado por um amigo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Tem razão o poeta. A velhice é isso mesmo, cheia de pequenos e grandes males. Dor por todos os lados. Mas, o que fazer? Devemos os dar graças a Deus por ainda estarmos vivos.
Antonio Xavier

Anônimo disse...

Esses lamentos são do poeta, são meus e todos aqueles que atingiram a terceira idade, que não tem nada de melhor idade. Um abraço a todos.

Edivaldo Pessanha dos Santos

Anônimo disse...

Eita Zé, se todos os lamentos de nossa vida fossem descritos dessa forma...seria!!!
Mas, a verdade é que é uma glória poder chegar a velhise com sabedoria igual a tua... Ter uma família linda como é a sua.
Cida

Creusa Meira Cordel disse...

JAC, só hoje vi o seu blog, está lindo!
Deu até vontade de arriscar uns versos nos "Lamentos da Terceira Idade":

Usar óculos, ter a vista cansada
Ir ao banco no começo do mês
Gastar todo dinheiro de uma vez
Com remédios e conta atrasada
Pagar juros e nunca sobrar nada
Ter cuidado com a alimentação
Comprimidos durante a refeição
Controlada, em pouca quantidade
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem se fosse pagando a prestação.

Um abraço!
Creusa Meira