terça-feira, 7 de agosto de 2012


Folha morta

José Alberto Costa
.
Recendia a mofo
a sala recém-aberta.
O cheiro antigo,
parado no ar,
trazia lembranças
de momentos vividos,
de pessoas e coisas
que se foram
na inexorabilidade
do tempo.
A porta aberta projetou
um raio de luz
sobre um carcomido piano
onde uma folha amarelecida
jazia sobre o teclado morto,
na placidez da tarde morna.
.
Um silêncio eloquente
contava a história
das gentes alegres
que por ali passaram
e deram vida
àquele ambiente
em épocas passadas.
Pedaços de vidas
congelados no tempo.
.
Copyright © 2011 by José Alberto Costa
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