sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sonetos de Antonio Marinho do Nascimento

Poeta Antonio Marinho do Nascimento
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Amor de estações

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Chegaste como flor na primavera

Perfumando meu verso e minha vida

Era o início de uma nova era

Branca e singela como a margarida

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Veio o verão e o sol forte que era

Deixou nossa paixão mais aquecida

Eu dizia: Meu Deus que bom, quem dera

Que esse amor não tivesse despedida

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O outono, porém, veio a chegar

E nossas folhas ele ousou murchar

Faltou adubo para os corações

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E o inverno chegando em brisas calmas

Foi congelando aos poucos nossas almas

E o amor só durou quatro estações.

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Ao Duque
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Um recado a Osório Duque Estrada
Pois o hino da pátria está erraddo
Nosso povo não tem mais o seu brado
E a luz do seu sol foi ofuscada
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A justiça sem clava é fracassada
Nosso povo está desencorajado
Foge à luta envergonnha o seu passado
Nossos bosques de vida não tem nada
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Só se vê na nação hipocrisia
Injustiça nós vemos todo dia
Se olharmos em volta este Brasil
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Mesmo assim ainda amo a minha terra
Grito forte em planície, monte e serra
Que és amada entre outras terras mil.

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Antonio Marinho do Nascimento é natural de São José do Egito, Pernambuco, terra da poesia. Descende de uma forte linhagem poética: filho de Zeto e Bia Marinho, neto de Lourival Batista, bisneto de Antonio Marinho, sobrinho de Otacílio e Dimas Batista, e de Graça Nascimento e Job Patriota, alguns dos maiores repentistas brasileiros. Quem poderia ter sangue mais nobre? Aos dezesseis anos (2003) lançou seu primeiro livro - Nascimento - do qual extraímos estes sonetos. A foto acima está na capa do livro citado.

4 comentários:

Anônimo disse...

´Que lindo soneto, cheio de melodia!

Anônimo disse...


Amei "Amor de estações"! Lindo!

Anônimo disse...

Fiquei encantada com sua capacidade de fazer Sonetos,o AMOR de Estações é belíssimo! Parabéns !!!!

Unknown disse...

Saudade: muitas saudades.