quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Um poema de Iremar Marinho

Canto-chão

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Desta matéria se faz poesia.
Desta areia, desta maresia
Faz-se o plano do meu canto-chão.
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Deste charco forjado de pânico
Brotam seres palavras que são
Pura estesia de mundo botânico.
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Desta terra nascem bois alados,
Planta bovina que alimenta arados,
Nesta seara-mundos divididos.
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Nesta vala homens são sulcados.
Desta horta são frutos caídos
De suas mesas fartas de ausência.


Um comentário:

Iremar Marinho disse...

Caríssimo Zealberto,
- O que merece os melhores prêmios,
inclusive por acolher a modesta produção lite(me)rária deste autor de Bestiários - PARABÉNS!!!

Seu seguidor,

Iremar