sexta-feira, 17 de julho de 2009

Poema de Lêda Mello

Lêda Yara Motta Mello

VESTÍGIOS
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Lêda Mello
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Tomei as lembranças pela mão e segui
num passeio nostálgico pela terra do ido,
onde as brumas escondem na névoa
os encontros de uma vida.
Cenas diluídas de um filme
que o tempo tornou quase irreal.
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Curiosamente, sem saudades,
mas, ainda com algum encanto,
ali, num ponto esmaecido do tempo,
estávamos nós.
Tu e eu... E meus sonhos.
Tantos deles, tantos!
E tão bonitos!
Onde estarão?
Que foram feitos deles?
Em que constelação se abrigaram?
Vagariam, perdidos...?

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Suavemente, na quietude do momento,
percebo, no âmago das lembranças,
que a vida seguiu seu curso,
que o tempo se escoou na espera,
e que o que restou de tantos sonhos
mergulha, aos poucos, nostalgicamente,
na névoa do imaginário.
.

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