A uma Santa (*)
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Tu és o quelso do pental ganírio
saltando as rimpas do fermim calério
carpindo as taipas do furor salírio
nos rúbios calos do pijom sidério.
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És o bartólio do bocal empírio
que ruge e passa no festim sitério,
em ticoteios do pártamo estírio,
rompendo gambas do hortomogenério.
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Teus lindos olhos que têm barcalantes,
são começúrias que carquejam lantes,
nas cavas chusmas de nival oblôneo.
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São carmentórios de um carcê metálio,
nas duas pélias por que pulsa Obálio,
vem vertimbráceas do pental perôneo.
(*) “Deste soneto, de impressionante harmonia, construído intencionalmente na base de fonemas sem nexo, sabe-se apenas que o autor se chama Luis Lisboa e é maranhense”. Citado por Lago Burnett no livro “A Língua Envergonhada”.
2 comentários:
Este é realmente mais doido do que o poeta analfabeto Zé Limeira. É um literato doido.
Antonio Lima Santos
João Pessoa - PB
Os dois quartetos descrevem um tema e os dois tercetos outro tema bem diferente. Nos oito primeiros versos o autor está dizendo para alguém que esse alguém é o 'ESPERMATOZÓIDE QUE DEU CERTO' e nos seis últimos versos o tema é outro onde descreve os olhos e a boca de uma linda mulher. O autor visa confundir de propósito. Quer instigar o debate...Analisei os dois quartetos e embora não pareça, dizem a mesma coisa! Descreve as dificuldades enfrentadas pelo espermatozóide para sair do 'pijón sidério'pois ele tem que vencer a resistência das 'gambas' (pernas) para fecundar o óvulo alojado no hortomogenério... O autor está elogiando uma pessoa, provavelmente publicamente, dizendo que ela é vencedora. Os dois tercetos são para confundir somente. É a minha despretenciosa análise. Vercin Getórix
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