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SONETO ELEGÍACO
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O meu olhar, insone, devassando
o silêncio da sombra refletida:
- no ventre do cristal se congelando
os vestígios da imagem consumida.
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Na linguagem das mãos, enclausurando
o momento da morte acontecida,
há, transparente e vaga, modulando
uma canção fugaz e indefinida.
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No espelho, formas de luar estáticas
e, no longínquo sono, mãos aquáticas
são o apelo da morta que naufraga.
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Supero dimensões de continentes:
- na salsugem dos olhos languescentes,
Envolto o morto amor desfeito em vaga.
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O meu olhar, insone, devassando
o silêncio da sombra refletida:
- no ventre do cristal se congelando
os vestígios da imagem consumida.
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Na linguagem das mãos, enclausurando
o momento da morte acontecida,
há, transparente e vaga, modulando
uma canção fugaz e indefinida.
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No espelho, formas de luar estáticas
e, no longínquo sono, mãos aquáticas
são o apelo da morta que naufraga.
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Supero dimensões de continentes:
- na salsugem dos olhos languescentes,
Envolto o morto amor desfeito em vaga.
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(Francisco Valois da Costa Andrade)
3 comentários:
Verdadeiro clássico da poesia, saído da inspiração do brilhante poeta alagoano Francisco Valois, um dos mais brilhantes poetas das Alagoas.
Verdadeiro clássico da poesia, saído da inspiração do brilhante poeta alagoano Francisco Valois, um dos mais brilhantes poetas das Alagoas.
Meu querido pai. Saudades !!!
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