segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Maria Helena Veiga idealizadora do Espaço Ciranda da Cultura
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                    Ciranda de Cultura e Desenvolvimento Social 

Sempre chamou a minha atenção algumas postagens no Facebook falando de um projeto de Ciranda Cultural, surgido em Paulo Jacinto. Resolvi matar minha curiosidade, por se tratar de algo inusitado em minha terra, enviando mensagem via e-mail, dirigida a quem me parecia ser a sua coordenadora: Maria Helena Uchoa Veiga.
Recebi informações sobre o projeto que já havia sido posto em prática por ela, com o apoio de alguns abnegados colaboradores. O que parecia ser uma brincadeira, um sonho, hoje já existe com personalidade jurídica, através do registro do seu estatuto em Cartório e agora é realidade.
Maria Helena, Assistente Social, casada, com dois filhos, descende de uma das famílias fundadoras do município, os Veiga. Ela viveu algum tempo entre Olinda e Paulista (PE) e de lá trouxe o ritmo da ciranda, cantada e dançada geralmente na área litorânea, para a Zona da Mata alagoana. Não chegou apenas a dança e o seu canto dolente, mas desejo de realizar um projeto social mais amplo para assistir de alguma maneira a juventude, tão sem alternativas culturais de sua terra.
Indagada sobre as propostas do projeto, respondeu Maria Helena: “O Espaço Ciranda de Cultura e Desenvolvimento Social – ECCDS tem como proposta principal o trabalho focado nas crianças e adolescentes paulojacintenses, podendo suas atividades serem estendidas, futuramente, para outros públicos. O primeiro projeto a ser desenvolvido será um curso de formação cidadã, intitulado “Cirandeiros” que é voltado para a formação de mobilizadores juvenis, com o objetivo de capacitar os participantes para se tornarem membros do ECCDS, e elementos multiplicadores junto a comunidade, na qualidade de parceiros do Ciranda, participando ativamente do planejamento e execução dos projetos elaborados. Destaco que nossa proposta é a prevenção, cuja principal meta é preencher o tempo ocioso dos jovens com atividades culturais e lazer de qualidade, evitando que eles se envolvam com drogas e atos infracionais. Os projetos seguirão com o desenvolvimento de atividades de arte e cultura como dança, teatro, leitura, comunicação social e música. Nossa grande dificuldade está na falta de um espaço próprio, por ausência de recursos e de  qualquer tipo de apoio financeiro”.
Sem vinculações políticas, a Ciranda de Cultura e Desenvolvimento Social, de Paulo Jacinto (AL), carece da ajuda de sua gente para integração e valorização da juventude, esperando contar com o apoio dos empresários e das entidades que tenham condições de colaborar com esta causa nobre. Como diz Maria Helena Veiga: “Precisamos acreditar na nossa juventude, no potencial que nós temos, na nossa criatividade, no nosso grito, no nosso ritmo. Sozinhos, somos capazes de realizar sonhos, mas juntos somos capazes de abraçar o mundo!”
Vida longa ao Espaço Ciranda de Cultura e Desenvolvimento Social – ECCDS, de Paulo Jacinto e que o entusiasmo do grupo não arrefeça ante as dificuldades que certamente surgirão ao longo do caminho.

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