Enaura Quixabeira
.
.
Instantes de tua presença
.
Amado meu,
- porta entreaberta de meus sonhos –
vejo-te, hoje, chegar
devagarzinho,
escancarando a porta
de minha vida.
.
Distante de ti,
sou palavra nua,
despida de significado.
Junto de ti,
sou palavra viva,
derramando-me
em cascatas de alegria.
.
.
Sonata de outono para
cordas doloridas
.
O amor, canto suave,
às vezes se faz desafinação.
Seus agudos estilhaços
ferem, rasgam dilaceram.
.
Insuportável dor
que parece não findar.
Mas, aos poucos, do fundo d’alma
sons de finíssima harmonia
irrompem
numa melodia triste e pungente.
.
Sonata de outono
para cordas doloridas.
.
.
Enaura Quixabeira Rosa e Silva, alagoana de Maceió, começou sua carreira literária em 1995, a com publicação do ensaio “A Alegoria da ruína”. É doutora em Letras pela Université Stendhal Grenoble 3 e mestra em Literatura Brasileira na Universidade Federal de Alagoas. Sócia efetiva da Academia Alagoana de Letras. Os poemas reproduzidos acima estão no livro “Sonata de Outono para Cordas Doloridas” (RG Editores – São Paulo – SP, 2004).
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Amado meu,
- porta entreaberta de meus sonhos –
vejo-te, hoje, chegar
devagarzinho,
escancarando a porta
de minha vida.
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Distante de ti,
sou palavra nua,
despida de significado.
Junto de ti,
sou palavra viva,
derramando-me
em cascatas de alegria.
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Sonata de outono para
cordas doloridas
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O amor, canto suave,
às vezes se faz desafinação.
Seus agudos estilhaços
ferem, rasgam dilaceram.
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Insuportável dor
que parece não findar.
Mas, aos poucos, do fundo d’alma
sons de finíssima harmonia
irrompem
numa melodia triste e pungente.
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Sonata de outono
para cordas doloridas.
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Enaura Quixabeira Rosa e Silva, alagoana de Maceió, começou sua carreira literária em 1995, a com publicação do ensaio “A Alegoria da ruína”. É doutora em Letras pela Université Stendhal Grenoble 3 e mestra em Literatura Brasileira na Universidade Federal de Alagoas. Sócia efetiva da Academia Alagoana de Letras. Os poemas reproduzidos acima estão no livro “Sonata de Outono para Cordas Doloridas” (RG Editores – São Paulo – SP, 2004).
Um comentário:
Pôxa!! Muito bom, belíssimo texto! Dá para senti-lo!
Abraços,
Rafael
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