domingo, 8 de setembro de 2013

Um poema de Lou Correia


Saudade bandida

De vez em quando, ela vem
camuflada, forte, covarde,
pega-me de surpresa...

Por vezes, nem mesmo sei
de quem ou do quê,
sei que sinto saudade.

À revelia da vontade,
sem aviso,
sem pedir licença,
pirracenta, ela chega
invade minha intimidade.

Feito moleca, arruaceira,
bagunça minhas emoções,
provoca-me dor e lágrimas,
deixa-me ressacado o coração,
age, feito bandida, minha saudade.

(Transcrito da "Antologia Movimento da Palavra", Maceió/2009)

Nenhum comentário: