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Soneto "Flor de Laranjeira"
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Num álbum de sonetos vi pedaços,
pedaços bem diversos de outras vidas.
Vi almas suspirando doloridas,
e de amarguras vi profundos traços.
Em cada página encontrei, esparsos,
doridos corações, almas doridas,
amor, paixão, saudades incontidas,
anseios, beijos, dor, sonhos e abraços.
E nessa singular promiscuidade,
senti, silente, a dor duma saudade.
Outras dores iguais também senti,
Como se fosse um espelho desta vida,
eu vi minh'alma, inteira, refletida
naqueles versos que em suspiros li.
José Cavalcanti Barros é procurador aposentado, jornalista, poeta, membro efetivo da Academia Maceioense de Letras e da Academia Maçônica de Letras. O soneto acima faz parte do livro "Tempo de Agora" (1988), edição esgotada.
2 comentários:
Zé, esse soneto do nosso amigo Cavalcanti Barros é simplesmente lindo. eu o conheço há muito tempo. Seu blog está cada dia mais lindo. Parabéns! Boa noite e um abraço. Arlene.
O soneto "Flor de Laranjeira", do extraordinário poeta alagoano, meu amigo Cavalcanti Barros, ao qual me referi acima, é um dos mais lindos e inspirados que já li até hoje:
"Como se fosse um espelho dessa vida,
eu vi minh'alma, inteira, refletida
naqueles versos que em suspiro li"
Do livro: "Tempos de Agora"
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